Naqueles tempos, para nós, os Verões começavam quando terminavam as aulas. Se eras um bom estudante, podias desfrutar de dois meses de jogo e diversão com os amigos. Posso dizer que, em termos de estudo, nunca tive problemas, e naquele Verão tomei a decisão de inscrever-me na Banda Municipal. E poderiam perguntar-se: porquê?
Já então, uma elegante rapariga de dezasseis belíssimos anos, tinha-me roubado o coração. Os seus olhos verdes, imensos como o mar, o seu cabelo de ouro polido, o seu sorriso alegre e sincero, acabaram por fazer-me perder a cabeça e, por conseguinte, tentar aproximar-me da sua vida.
Ela era "dançarina" na Banda Municipal e eu não podia deixar passar essa oportunidade. Ao princípio, o meu carácter introvertido e tímido era um obstáculo para o início da relação, mas a procura do seu amor valia a pena. Não importava que eu não tivesse a mínima ideia de tocar trompete, o mais importante era poder estar perto dela.
Os primeiros olhares, a nossa tímida apresenteção entre amigos, seriam o prefácio de um Verão fantástico. Depois começaram as viagens de autocarro em digressões, e estas eram a escusa perfeita para, desde o lugar contíguo ao dela, descobrir que, através da sua conversa, a sua personalidade era, ainda, uma manifestação de beleza superior. A sua subtileza, a sua espontânea sinceridade, acrescentavam a minha admiração por ela.
Nas vilas onde tocávamos, depois dos concertos, costumávamos dar passeios a meia-noite, sob o o olhar da Lua, cúmplice do nosso amor. As estrelas cadentes, com um rápido movimento no céu, assinavam a nossa paixão. Era uma sucessão de emoções que conectava sempre com o selo de um doce e maravilhoso beijo.
Ainda hoje, quando olho para o céu, a Lua, à espreita, sorri-me e sussurra-me, através do vento sereno, que as noites daquele Verão foram inesquecíveis.
Texto de Anselmo Carvajal Galán (N.I.-1º)
Já então, uma elegante rapariga de dezasseis belíssimos anos, tinha-me roubado o coração. Os seus olhos verdes, imensos como o mar, o seu cabelo de ouro polido, o seu sorriso alegre e sincero, acabaram por fazer-me perder a cabeça e, por conseguinte, tentar aproximar-me da sua vida.
Ela era "dançarina" na Banda Municipal e eu não podia deixar passar essa oportunidade. Ao princípio, o meu carácter introvertido e tímido era um obstáculo para o início da relação, mas a procura do seu amor valia a pena. Não importava que eu não tivesse a mínima ideia de tocar trompete, o mais importante era poder estar perto dela.
Os primeiros olhares, a nossa tímida apresenteção entre amigos, seriam o prefácio de um Verão fantástico. Depois começaram as viagens de autocarro em digressões, e estas eram a escusa perfeita para, desde o lugar contíguo ao dela, descobrir que, através da sua conversa, a sua personalidade era, ainda, uma manifestação de beleza superior. A sua subtileza, a sua espontânea sinceridade, acrescentavam a minha admiração por ela.
Nas vilas onde tocávamos, depois dos concertos, costumávamos dar passeios a meia-noite, sob o o olhar da Lua, cúmplice do nosso amor. As estrelas cadentes, com um rápido movimento no céu, assinavam a nossa paixão. Era uma sucessão de emoções que conectava sempre com o selo de um doce e maravilhoso beijo.
Ainda hoje, quando olho para o céu, a Lua, à espreita, sorri-me e sussurra-me, através do vento sereno, que as noites daquele Verão foram inesquecíveis.
Texto de Anselmo Carvajal Galán (N.I.-1º)
5 comentários:
Olá Anselmo, tudo bem? Olha, qual foi o desfecho desse namoro? Acabou tudo com a chegada do Outono? Ficou apenas o refúgio musical celeste? É o que eu digo:
Festa acabada, músicos a pé :-)
Olá Anselmo, encontro que é uma historia muito linda e, ao fim, o que interessa é a experiência. Há quem não pode dizer o mesmo ou o que é pior, não conhecem o namoramento nem sabem o que é sentir-se querido.
Parabens.
16 anos são sempre bonitos... quanto mais não seja por dentro :)
Um texto lindo, da inocência que chega com a idade, que vai embora com a idade... A inocência que ofusca os corações mais velhos e fartos de amar...
Anselmo muito bonita a tua historia, eu tambén tive um verão da minha vida, mas ou meu verão foi aos 18 anos e acho que tudos deveriamos de ter uma historia como esta para contar.
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