
Muitas pessoas concordam com a ideia de que a infância é a melhor etapa da vida. As crianças, em geral, não têm problemas e só pensam em brincar. As minhas lembranças infantis são muito agradáveis e estão muito ligadas a essa terra que se chama CEUTA.
Ceuta é uma cidade no norte de África. É limitada pelo Estreito de Gibraltar e o Reino de Marrocos. Hoje em dia é uma cidade espanhola, integrada de pleno direito na Europa. A cidade desfruta de um excelente clima mediterrânico, com temperaturas muito estáveis e agradavéis. A média anual é de 17º C, 11º C ao inverno e 27º C ao verão. O clima permite desfrutar de mais de trezentos dias de sol por ano aos seus 75.000 habitantes e a todos os seus visitantes.
Segundo os antigos manuscritos foi fundada pelos descendentes de Noé 203 anos depois do dilúvio. Foi cartaginesa quinhentos anos antes de Cristo e participou na primeira guerra púnica. Tambén foi romana como toda a costa mediterrânea, mas foi arrasada pelos vándalos de Genserico no ano 423. Depois foi ocupada pelos godos e bizantinos. No ano 711 é tomada pelos bereberes musulmães os quais, depois da traição do lendário Conde D. Julian, dominaram a Península Ibérica durante setecentos anos. No dia 14 de Agosto de 1415 é reconquistada por D. João I de Portugal e foi portuguesa até que os dois reinos ibéricos se uniram sob o reinado de Felipe II de Espanha no dia 30 de Setembro de 1580. Portugal separou-se de Espanha em 1640 e nessa altura os ceuties decidiram livremente ser espanhóis. Foi por isso que o rei Felipe IV lhe concedeu os títulos de “Sempre Nobre, Leal e Fidelíssima Cidade”.
Ceuta apresenta um grande leque cultural. Através das visitas aos seus onze museus, consegue-se conhecer a sua história. Estas visitas mostram uma grande variedade de pormenores da constante história militar da cidade, o que marca a presença de Ceuta em diferentes capítulos da história de Espanha.

Mas a visita não deve acabar ali. Nenhum visitante pode voltar para a sua terra sem visitar locais como o conjunto monumental das “Murallas Reales”, O fosso de “La Almina”, a Cerca Merinida, Os Banhos Árabes, O Farol de Ceuta, O miradouro de Benzú, “A Mulher Morta”, o miradouro de Isabel II, o de Sto. António, a praça dos Reis, a Catedral e a Igreja da Nossa Senhora de África , padroeira da cidade.

A gastronomia está muito ligada ao mar. O mais atractivo dela é a mistura de sabores que é reflexo fiel da mistura das culturas que convivem na cidade. Não podemos esquecer que é uma cidade onde dois continentes convergem, dois mares emergem e quatro culturas vivem juntas em perfeita harmonia. É por isso que os seus sinais de identidade são a tolerância e o convívio. Portanto não hesitem e, de ferry ou de helicóptero, visitem Ceuta já.
Texto de Mariló Macho Lara (4ºAno)
4 comentários:
Olá Mariló, passei várias vezes por Ceuta a caminho de Tânger (figas!) ou de Casa Branca ou de Marraquexe. Na Praça Jemaa el-Fna, após uma visita à Kutubia, surgiram muitas brumas ao longe e não quis ir a Alcácer-Quibir.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conquista_de_Ceuta
Ainda há vestígios lusos na tua cidade, Mariló? O teu interesse pelo português...? Até.
Obrigado, Mariló. Isto é que é uma grande reportagem!
Quando é que a gente vai a Ceuta "tomá-te" ao pé do "mimomá"?... ;-)
já sabes mariló, que há tempo que estou con vontade de lá estar... será que a tua alegria e "vitalidade" convida e arrasta o pessoal e és a melhor "publicidade"
um abraço
Olá Mariló!tenho acabado de viajar pela tua terra com a leitura do teu artigo. agora só tenho de marcar a data e perguntar-te por algumas informações de interesse pelo viajeiro.desde que te concheço sempre falas da tua Ceuta nas aulas e contagias as vontades de viajar para lá.
muito bom reportagem, ninguém melhor para nos contar desta terra espanhola do que tu mesma.
beijinhos
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