Gaivotas majestosas, com penas de prata, a planar sobre o oceano e o céu infinito.
Gaivotas a voar sobre a praia dourada, em bandos que se misturam e se separam, mudanças no rumo, som de grasnidos, cheiro a mar.
Gaivotas a mergulhar no mar, à procura de saborosos peixes. Gaivotas a fazer companhia aos minúsculos barcos de pescadores, que regressam ao cair da tarde à praia, à espera, paciente, dos peixinhos que caem fora.
Nuvens de prata, a fugir dos intrusos que as tentam fotografar...
É uma das imagens que melhor consegue captar como são verdadeiramente as praias da Caparica, as praias pelas quais tenho imensas saudades. Quando não estão cheias de turistas são o reino das gaivotas e dos pescadores. Quilómetros e quilómetros de areia fina e dourada, onde só se ouvem as instruções dos pescadores e os gritos das gaivotas. No mar, só as ondas e as preguiçosas velas brancas dos barcos.
No entanto, é uma imagem ameaçada: cada vez há menos pescadores, as praias cada vez estão mais sujas e poluídas. As gaivotas, que tentam aproveitar os restos deixados pela maré humana, estão a sofrer as consequências do nosso desinteresse pelo meio ambiente.
Mesmo assim, as praias de Caparica serão sempre as praias dos meus sonhos, desde que restem um barquinho e um bando de gaivotas no céu.
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Texto de María Bravo Conde (5º Ano)
Fotografia de Javier Cerrillo López
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Sobre as praias da Caparica no Inverno pode ouvir o seguinte documento: Evasões TSF
2 comentários:
que texto bonito!!!! ATé fiquei com vontade de ir à Caparica... ver gaivotas e mar e esquecer esta chuva e este prólogo de Inverno...
Alvíssaras do burgo "Falar pelos Cotovelos" :)
María, escreveste um grande texto. Ficamos à espera de mais experiências como esta com sabor a maresia.
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