segunda-feira, 24 de março de 2008

Canções de Janeiro

Continuamos o nosso percurso musical. A canção mais votada do mês de Dezembro, com 4 pontos, foi A Vida não Chega, de Viviane.

E quem ganhará na lista das músicas que nos acompanharam durante o passado mês de Janeiro?... Espero que participem escolhendo as três de que mais gostaram e deixando os vossos comentários.
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3 Rama da Oliveira (Teresa Silva Carvalho)
4 A Queda do Império (Vitorino)
6 O Cacilheiro (Carlos do Carmo)
7 Lusitana (Mafalda Arnauth)
9 Sextos Sentidos (David Fonseca e Sérgio Godinho)
11 Ninguém é de Ninguém (João Pedro Pais)
12 Manhã Submersa (Xutos & Pontapés)
13 Montras (Mariza)
14 O Cheiro dos Livros (Cabeças no Ar)
15 Ouve-se o Mar (Mafalda Veiga)
16 Quase Perfeito (Donna Maria & Paulo de Carvalho)
17 Redondo Vocábulo (Cristina Branco) Ouvir mais uma versão de Cristina Branco, de Janita Salomé e o original de José Afonso.
18 Vem (Madredeus)
19 Cha cha cha em Lisboa (Artur Ribeiro)
20 Queda do Império (Tet Vocal)
21 Queda do Império (Sons do Vento)
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Passamos às dedicatórias... para a Maria Bravo, o Re-tratamento dos Da Weasel, e para a Teresa Cacho Pinilla, a grande Cesária Évora.
E agora, mais uma paródia do antigo programa dos Gato. Lembram-se da Carta, dos Toranja? Vejam a versão alternativa.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Fotografias e vídeo do Dia da Escola


Obrigado a todos os que participaram na festança. Foi um fim de tarde muito especial e na melhor companhia.

Não percam as excelentes fotografias de Daniel Toril (N.B.-1º) e assistam ainda ao seguinte vídeo do espectáculo poético elaborado por Juan Luis para o Escolaugusta (podem encontrar os textos aqui):

Agora aproveitem as férias para descansar. As aulas recomeçam no dia 25 de Março, terça-feira. Entretanto, fiquem bem e não deixem de visitar o blogue para manter algum contacto com a camoniana língua ;-)

O Dia da EOI de Mérida

Celebramos hoje o "Dia do Centro", o mais importante do ano para a nossa querida escola. A partir das 18h00 teremos uma agradável festa-convío que não podes perder. O programa é o seguinte:
  • 18h00 - euroTrivial: recriação do conhecido jogo em que várias equipas com alunos de todas as línguas da escola (alemão, francês, inglês, italiano e português) terão de responder perguntas ligadas às diferentes culturas dos idiomas que estão a aprender. Haverá fantásticos prémios para os vencedores...
  • 19h00 - Gala poética: partilharemos o gosto pela poesia num espectáculo de rara beleza em que contamos com a participação dos alunos. Podem ver aqui o contributo do Departamento de Português.
  • 20h00 - Convívio: "comes e bebes". Não se esqueçam de trazer qualquer coisa para partilhar com os colegas. Pode ser doce ou salgado...

Vejam aqui o cartaz oficial do evento.

Segurança Rodoviária (II)

RISCOS DO ÁLCOOL NA CONDUÇÃO

Vivemos numa sociedade há muito tempo enraizada na chamada cultura do vinho. Na actualidade, não concebemos nenhuma actividade social onde não se faça alguma ingestão de álcool. Contudo, as graves consequências do consumo de bebidas alcoólicas: doenças crónicas, dependência, acidentes rodoviários, agressões com lesões e homicídio, etc, têm feito com que a sociedade tenha aprovado leis que proíbem o seu consumo ou o limitam.

APARELHOS E LIMITES DE ÁLCOOL EM ESPANHA

ETILÓMETRO EVIDENCIAL. Aparelho que mede o grau de alcoolemia de uma pessoa pelo teor alcoólico do seu ar alveolar expirado. Instrumento de precisão.

ETILÓMETRO PORTÁTIL. O seu valor é orientador. Mede também o álcool em litros de ar espirado (miligramas de álcool por litro de ar expirado). Se a taxa é maior à regulamentar deverá medir-se na seguinte fase na prova da precisão. Normalmente é utilizado nos dispositivos aleatórios para agilizar o controlo.

ALCOOLÍMETRO. Instrumento que serve para avaliar o teor de álcool no sangue. Mede o álcool em litros de sangue. Já menos utilizado.

Ver tabela com os limites de álcool permitidos

A conversão dos valores do teor de álcool no ar expirado (TAE) em teor de álcool no sangue (TAS) é baseada no princípio de que 1 mg de álcool por litro de ar expirado é equivalente a 2,3 g de álcool por litro de sangue.

RISCOS DO ÁLCOOL E ESTATÍSTICA

Entende-se por alcoolemia a concentração passageira de álcool etílico no sangue, resultante da ingestão de bebidas alcoólicas. Não existe um limiar a partir do qual o álcool deteriore as aptidões dos individuos. Escolheu-se 0,5 gramas de álcool por litro de sangue como orientador porque nesse limite já se apreciava deterioração e risco para os condutores.
O consumo de álcool está relacionado com quase metade de todos os acidentes mortais. Quanto mais sobe o nível de álcool, mais elevado é o risco de acidente, sobretudo na chamada “etapa da euforia”.
CURVA DE ALCOOLEMIA

Corresponde-se com as fases de absorção, distribuição e eliminação. No princípio a curva é ascendente, já que a ingesta excede à eliminação, sendo o seu ponto culminante uma hora depois do último consumo. Quando a absorção se equilibra com a eliminação, é a “meseta”. A seguir, descerá até chegar a zero pela eliminação. Tudo se for uma ingesta única, porque se a ingestão for sucessiva no tempo, se alterará a curva apresentando perfis de serra.
Por isso, para determinar a fase na que se encontra o indivíduo (ascendente ou descendente) serão realizadas duas provas de precisão com intervalo de dez minutos. Se a segunda for superior à primeira, encontrar-se-á na fase ascendente (absorção maior que a eliminação), quando forem praticamente iguais estará na “meseta”, e se a segunda é inferior à primeira estará em fase descendente (maior a eliminação que a absorção).
A máxima taxa de alcoolemia atinge-se ao cabo de uma hora após a última ingesta de álcool, e a eliminação total, umas 8 horas depois, dependendo da quantidade de álcool ingerido.

Ver tabelas sobre as consequências do efeito do álcool sobre o tempo de reacção a concentrações de 0.5 g/l


FACTORES INFLUENTES NAS TAXAS E EM SINTOMAS DE ALCOOLEMIA

Dependerá de factores biológicos. Podem ser gerais ou particulares de cada indivíduo e até mesmo circunstanciais:
Sexo: maiores efeitos no caso das mulheres a igual dose e corpulência ao terem menos músculo e, por conseguinte, menos água onde distribuir-se.
Hábito de beber: criam-se mecanismos de tolerância que atenuan os sintomas.
Hora e clase de comida: a maior quantidade e existência de gorduras, menos taxas.
Interacção com medicamentos, psicotrópicos, estimulantes ou drogas tóxicas: não afectam à taxa, mas sim agravam sintomas ou efeitos, sobretudo os tranquilizantes.
Peso e corpulência: a maior massa, menor taxa.
Idade: a maior idade, os tecidos são mais gordurentos e o metabolismo deteriora-se.
Traumatismos crânio-encefálicos: os sintomas aparecem antes.
Doenças crónicas circulatórias e do metabolismo: distorcem a absorção, distribuição e eliminação, acrescentando as taxas.
Frio ambiental extremo: o metabolismo torna-se mais lento e aumenta a taxa.
Hemorragias: a taxa acrescenta ao ser menor a quantidade de sangue onde se dissolver.

FASES:

Poderíamos dividir o comportamento humano em fases ou graus de embriaguez:

Primeira fase: A pessoa está eufórica (às vezes depressiva) e faladora. Diminuem os reflexos e a coordenação mão-olho. (Taxas de 0.5 a 0.8 grs./l. álcool em sangue).
Segunda fase: Reflexos mais alterados com movimentos torpes e excitação com tendência à agressividade. Incoerência verbal, gritos, cantos, discussão e agressão. Toma iniciativas impulsivas. (Taxas de 0.5 a 1.5 grs./l. álcool em sangue)
Terceira fase: sistema de equilíbrio afectado com perda de estabilidade. Visão afectada (“dupla”). Redução da sensibilidade. Conduta psicótica. (Taxas de 1.5 a 4 grs./l. álcool em sangue).
Quarta fase: Risco mortal. Sono comatoso. Parada cardio-respiratória e morte. (Taxas superiores a 4 grs./l álcool em sangue).
Em resumo, o álcool aumenta uma fictícia sensação de segurança no indivíduo sobre si mesmo (falsa segurança) ao tempo que reduz as funções superiores (autocontrole, juízo, capacidade de raciocínio, coordenação, etc...), deprime controles sensoriais e motores (visão, equilíbrio, palavra, etc...) e chega, em casos graves, a debilitar as funções vitais (consciência, respiração, circulação sanguínea e morte).
É de salientar que, o que é produto da educação do indivíduo e de muitos séculos de civilização (capacidade de juízo, de razoamento, autocontrole ou a cortesia) é o primeiro em se anular, e, pelo contrário, o último em se suprimir são as funções puramente animais: as básicas da vida (respiração e circulação sanguínea) após as que vem a morte.


Texto de Anselmo Carvajal Galán (N.I.-1º)

terça-feira, 11 de março de 2008

Carpe Diem

Nesse dia, 22 de Agosto, decidimos ir à praia de Nossa Senhora, lá na nossa querida Zambujeira do Mar. Tudo corria perfeitamente, o sol brilhava e queimava, os miúdos brincavam na areia e com as ondas do mar. Lembro-me de um comentário que fizeram o meu marido e o nosso amigo Kliford acerca de três jovens que estavam a fazer megulho. Eles achavam que o mar não estava para isso, não havia condições, a maré estava a subir. -"Será que estão doidos?", disseram.

Algum tempo depois disto, percebi que alguma coisa não estava a correr bem. Nas rochas onde mergulhavam os três jovens amontoava-se um grupo de pessoas que olhavam para o mar. Um dos três jovens mergulhadores não saia da água. Já tinha passado meia hora, se calhar uma hora, e não sabiam nada dele. Eu estive o tempo todo a olhar para o mar ao pé da namorada de João Pedro, que era o nome do desaparecido. Vieram a polícia marítima, os bombeiros, equipas médicas, mergulhadores profissionais, um helicóptero e até a televisão.

Depois de duas horas, dois mergulhadores saíram da água com o corpo do jovem de 23 anos. O meu marido e um amigo tiveram de ajudar, pois era um homem alto e forte. Na fotografia pode ver-se como subiram o corpo do jovem lisboeta pela escada íngreme. Foi terrível. Quase não falámos entre nós do acontecido. Ainda não posso acreditar como é que uma vida se perde assim ao pé de nós, enquanto os miúdos estão a brincar e eu a apanhar sol.

Nesse mesmo dia, à noite, na praça da aldeia havia música ao vivo e dançámos todos, rimos, tentámos ser felizes, gostarmos da vida... porque tínhamos visto a morte muito perto de nós.


Texto e fotografia de Alicia Plá Benítez (5º Ano)

segunda-feira, 10 de março de 2008

Magusto em Porto Côvo

  • No seguinte texto redigido no mês Novembro de 2007, Guadalupe Grande Marín refere uma festa tradicional que dá pelo nome de Magusto e que tem lugar todos os anos no dia de São Martinho:

Gostaria de ter ido à excursão que os meus colegas fizeram na semana passada a Marvão e Castelo de Vide. Estou desejosa de conhecer essas vilas porque já muitas pessoas me disseram que são muito bonitas.

Eu também estive em Portugal, mas numa zona mais ao Sul, numa pequena aldeia chamada Porto Côvo. Vamos lá todos os anos porque temos uma vivenda que fica num parque de campismo que tem o mesmo nome da vila. O dono do parque tem por costume festejar São Martinho (11 de Novembro) e convida-nos sempre a almoçar no sábado seguinte a todas as pessoas que costumamos ir ao longo do ano. A festa consiste num almoço-convívio feito no jardim. Todos levamos as nossas mesas e pomo-las onde desejamos ficar. Os trabalhadores do parque e alguns voluntários grelham sardinhas, bifinhos de carne de porco, entremeada e castanhas que depois serão distribuídas pelas mesas. Para beber, é muito tradicional o água-pé, que é um vinho suave, que se bebe com gosto mas sobe à cabeça facilmente.

Nesse dia, trabalhadores e residentes do parque, fazemos sempre um convívio muito agradável.

Texto e fotografias de Guadalupe Grande Marín (N.B.-2º)

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Clique aqui para ouvir a canção que Rui Veloso dedicou a Porto Côvo e à ilha do Pessegueiro.